A fita, formada de peças coloridas de quebra-cabeça, é um símbolo mundial da conscientização em torno do Autismo. O desenho do selo é um chamado ao engajamento na luta contra a discriminação ao autista. As figuras transformam-se nas peças da fita que envolve uma peça azul, cor símbolo do autismo, sugerindo uma situação de acolhimento e amparo. Ao fundo do selo, um quebra-cabeça sem cor alude à igualdade de direitos e respeito ao papel de cada cidadão em torno de tão importante causa. A imagem do selo representa a conscientização do que é o autismo e, a partir desta, a construção de uma sociedade justa e humanitária, formada por pessoas com direitos iguais e respeito às diferenças. À esquerda, a logomarca do MERCOSUL. Técnica utilizada: Arte digital.
Edital nº 3 Artista: Ariadne Decker/Meik Processo de Impressão: Ofsete Folha: 24 selos Papel: Cuchê gomado com fosforescência Valor facial: R$2,00 Tiragem: 552.000 selos Área de desenho: 20mm x 54mm Dimensões do selo: 25mm x 59mm Picotagem: 12 x 11,5 Data de emissão: 2/4/2014 Local de lançamento: São Paulo/SP Impressão: Casa da Moeda do Brasil Prazo de comercialização pela ECT: até 31 de dezembro de 2017 (este prazo não será considerado quando o selo/ bloco for comercializado como parte integrante das coleções anuais, cartelas temáticas ou quando destinado para fins de elaboração de material promocional).
O autismo foi definido pela primeira vez pelo psiquiatra austríaco radicado nos Estados Unidos Leo Kanner. Em 1943, ele publicou o artigo “Distúrbios autísticos do contato afetivo”, que associou definitivamente seu nome ao autismo. Neste artigo, Kanner descreveu os casos de onze crianças que tinham em comum “um isolamento extremo desde o início da vida e um desejo obsessivo pela manutenção das rotinas”, denominando-as de “autistas”.
Inicialmente, acreditava-se ser o autismo uma condição extremamente rara e atribuía-se a culpa às mães por considerá-las frias e distantes. Ainda não é possível afirmar números exatos sobre a incidência do autismo, mas a maioria dos estudos aponta para a ocorrência de um caso de autismo em cada 150 nascimentos.
Atualmente, o conceito do autismo foi ampliado para o de Transtorno do Espectro do Autismo, devido à grande variedade de níveis de comprometimento encontrados, variando entre leves, moderados e graves. De acordo com a Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que institui a política nacional de proteção da pessoa com Transtorno do Espectro Autista, uma pessoa é considerada com transtorno do espectro autista quando portadora de síndrome clínica caracterizada por:
1. Deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da interação sociais, manifestada por deficiência marcada de comunicação verbal e não verbal usada para interação social; ausência de reciprocidade social; falência em desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível de desenvolvimento;
2. Padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades, manifestados por comportamentos motores ou verbais estereotipados ou por comportamentos sensoriais incomuns; excessiva aderência a rotinas e padrões de comportamento ritualizados; interesses restritos e fixos.
Muita coisa mudou de Kanner aos dias atuais, em grande parte pela força das próprias mães que foram se reunindo em associações ao redor do mundo fazendo com que o autismo fosse sendo mais conhecido e estudado no decorrer do tempo.
A primeira associação brasileira de autismo, a AMA - Associação de Amigos do Autista em São Paulo, nasceu em 8 de agosto de 1983, pelo esforço de um grupo de pais, reunidos no consultório do médico Raymond Rosenberg.
Estes pais inicialmente lutaram arduamente contra o total desconhecimento do autismo por parte da sociedade, dos médicos e das autoridades. Esta realidade começou a mudar quando em 1987 o ator Antônio Fagundes gravou um comercial, amplamente divulgado pela mídia, que começava com a frase “Você sabe o que é autismo...?”.
A AMA é hoje uma associação que conta com o reconhecimento de toda a sociedade, atende direta e gratuitamente a mais de 200 crianças, jovens e adultos com autismo e se empenha em apoiar as famílias, ajudar outras associações em todo o país e esclarecer a sociedade em geral através de visitas, programas gratuitos de capacitação, palestras e do site www.ama. org.br.
Atualmente, leis como a citada anteriormente protegem as crianças, jovens e adultos do preconceito e o mundo inteiro comemora, em 2 de abril, o dia da “Conscientização do Autismo”, iluminando em azul edifícios e monumentos.
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, por meio dessa emissão, visa a promoção da cidadania, da educação, da saúde, do lazer e da proteção das pessoas autistas e apoia a missão de desenvolvimento das habilidades e competências para aproximar o autista das relações humanas com o objetivo de propiciar sua inserção social de forma produtiva e independente.
Mercosul, medicina, quebra-cabeças, jogos, campanhas sociais